domingo, 22 de agosto de 2010

Ruínas que não são castelo


Segundo informação de uma amiga, natural de ALCOBAÇA, estas ruínas datam da época em que a Rainha Isabel de Inglaterra visitou a cidade de Alcobaça.

1 comentário:

  1. «A abundância de estações arqueológicas reafirma, assim, as excelentes condições oferecidas pela região às comunidades humanas que nela procuravam fixar-se, não surpreendendo, por isso, que fosse atravessada por diversas vias, lançadas ao tempo da conquista romana, ainda que seguindo, nalguns casos, tradições anteriores, numa comprovação da sua relevância, ao mesmo tempo que servia de ponto de ligação com a região Norte.
    Uma importância que não mais desapareceu dos horizontes alcobacenses, antes fortalecendo-se em período medieval, altura em que o concelho foi profundamente marcado pela presença da Ordem de Cister, depois de D. Afonso Henriques (1109-1185) conquistar as suas terras aos muçulmanos por volta de 1148, doando-as àquela Ordem, em 1153 (ano da fundação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça), constituindo os "Coutos de Alcobaça", sucessivamente acrescentados por doações régias e de outros fiéis.
    De entre as estruturas então tomadas aos árabes, constava o castelo, cuja construção as lendas locais atribuem à acção visigótica, conquanto seja atribuída por outros autores aos árabes, que o terão edificado no ponto mais alto da (então) pequena vila, "[...] dado-lhe o nome de Alcácer-bem-el Abbaci, que era o de uma porta da cidade de Marrocos." (LARCHER, 1933, p. 17).
    Conquistado o castelo, ele permaneceu, contudo, abandonado durante largos anos pelo estado de ruína em que as contendas militares o deixaram, para ser reconstruído já no reinado de D. Sancho I (1154-1212) - que depositara parte do seu tesouro no Mosteiro -, para nelle se recolherem os Monges, e paizanos em outra invazam semelhante (Apud Idem, Ibidem, p. 18). O castelo passava a integrar deste modo uma linha avançada da defesa de Lisboa, da qual faziam parte outros sistemas defensivos, a exemplo dos castelos de Leiria, Pombal e Óbidos.
    Parcialmente destruído pelo terramoto que assolou a região em 1422, a sua importância estratégica foi de novo reconhecida, dessa feita por D. João I (1357-1433), que mandou reparar a torre e as muralhas afectadas, até ser utilizado apenas como prisão no período filipino, desmoronando-se desde então, remanescendo, na actualidade, pouco mais do que algumas ruínas.»

    (http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/73654/)

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